O governo do Estado de São Paulo, bastante radical, diz que a intenção é acabar com as disciplinas. Medida sofre resistência no país por parte de professores, educadores e estudantes, que promovem atos, greves e ocupações em diversos estados
Da Redação | Notícia veiculada no site da Agência Brasil (28.11) indica que vários estados anunciam a implementação da reforma do ensino médio no máximo até o início de 2018. "Com a flexibilização, apenas português e matemática serão obrigatórias nessa etapa da educação escolar dos alunos", diz a matéria. Projeto é do governo Temer, em particular do ministro Mendonça Filho, do MEC.
De acordo também com a Agência Brasil, nesta semana o senador Pedro Chaves (PSC-MS), relator da Medida Provisória (MP) 746/2016, que estabelece a reforma, deverá apresentar seu parecer à comissão mista que analisa a medida no Congresso Nacional.
A AB conversou com alguns secretários estaduais de educação sobre as mudanças previstas na MP e sobre como estão se organizando para implementá-las. Diálogo se deu no encontro do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), encerrado sexta-feira (25) em Brasília.
O governo do Estado de São Paulo, bastante radical, diz que "a intenção é acabar com as disciplinas (já a partir de 2018). 'Temos alguns modelos, o principal deles é romper com o esquema estrutural das disciplinas para trabalhar com componentes curriculares'", diz Francisco Carbonari, secretário adjunto de Educação.
Outros estados, como Perrnambuco, Rio de Janeiro, Alagoas e Santa Catarina afirmam que se adequarão à reforma de maneira paulatina. No Distrito Federal, "uma das possibilidades de implementação da MP é o modelo de escolas vocacionadas, ou seja, escolas que concentrem um ou alguns dos itinerários formativos".
Segundo ainda a matéria da Agência Brasil, "a MP sofre resistência no país por parte de professores, educadores e estudantes, que promovem atos, greves e ocupações em diversos estados". Atualmente, o ensino médio tem 8,1 milhões de matrículas, a maioria em escolas públicas (87%) da rede estadual.
