Bilhões da Caixa e Correios podem ser privatizados
Apenas no primeiro semestre de 2015, a Caixa obteve lucro líquido de R$ 3,5 bilhões, 2,8% acima do verificado no mesmo período do ano anterior, R$ 3,4 bilhões. E segundo a direção da própria ECT, apenas em 2014 a receita total dos Correios cresceu 6,2%, passando de R$ 16,6 bilhões para R$ 17,7 bilhões; e a base de clientes com contrato foi ampliada em 8,6%
Da Redação
Tramita no senado o PLS 555/2015, que permite a terceirização de empresas estatais, como a Caixa Econômica Federal, Correios e outras. Tal iniciativa tem como arquitetos maiores os senadores Tasso Jereissati e Aécio Neves, os dois do PSDB. E ainda os peemedebistas Eduardo Cunha e Renan Calheiros. E é parte do que chamam de "Agenda Brasil".
Na prática, querem entregar ainda mais o patrimônio público aos grandes empresários e banqueiros, visto que terceirizar é apenas um outro nome que se dá às privatizações. A tal "Agenda Brasil", assim, não passa de uma desavergonhada transação que visa lotear as empresas lucrativas do país.
A título de exemplo, apenas no primeiro semestre de 2015, a Caixa obteve lucro líquido de R$ 3,5 bilhões, 2,8% acima do verificado no mesmo período do ano anterior, R$ 3,4 bilhões. Dados são do próprio banco.
Nos Correios, segundo a direção da própria ECT, apenas em 2014 a receita total cresceu 6,2%, passando de R$ 16,6 bilhões para R$ 17,7 bilhões; e a base de clientes com contrato foi ampliada em 8,6%”.
A tal "Agenda Brasil" está é atrás desses bilhões. E para repassar a grandes especuladores, sobretudo de outros países.
E os parlamentares que apoiam tal medida nada mais são que vendilhões da pátria. E todo mundo sabe por quê.
A questão se torna mais preocupante porque, segundo o senador Jereissati, o atual ministro da Fazenda Nelson Barbosa é simpático ao projeto. Ou seja, governo e oposição se unem contra o patrimônio público.
No entanto, é possível barrar tal iniciativa. Nas ruas.