Cardozo: Já vai tarde!
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Nesta segunda-feira (29), a presidente Dilma Rousseff anunciou a saída de José Eduardo Cardozo do Ministério da Justiça. Segundo ele, o pedido foi devido à pressão que estava sofrendo do próprio Partido dos Trabalhadores, diante de sua conivência com a articulação golpista na Polícia Federal e Judiciário, na Operação Lava-Jato.
Como era de se esperar, quem reclamou da saída foram justamente os golpistas. A Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), o PSDB e os principais jornais da burguesia, todos alinhados com a política golpista, criticaram a saída do ministro supostamente petista.
A ADPF declarou sua preocupação com a saída do ministro. “Os Delegados da Polícia Federal receberam com extrema preocupação a notícia da iminente saída do Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, em razões de pressões políticas para que controle os trabalhos da Polícia Federal”, afirma nota da Associação que afirma ainda que defenderá a autonomia da instituição.
A defesa da autonomia da Polícia Federal, como se viu até agora, é a autonomia para investigar apenas o governo e para realizar prisões claramente ilegais. As denúncias contra o PSDB e outros partidos que apoiam o golpe, no entanto, não são apuradas e nunca levam a prisões.
No mesmo sentido, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, afirmou em sua página no Facebook que “O país (sic) não aceitará qualquer tentativa de interferência na autonomia da Polícia Federal ou de cerceamento das nossas instituições”.
No jornal O Globo, o direitista Merval Pereira prevê em sua coluna que a queda de Cardozo é o fim da “farsa petista” de liberdade de investigação da Polícia Federal. Bernardo Mello Franco afirma na Folha de S. Paulo que o ministro foi alvo da “frigideira petista”, que o fritou por deixar a Operação Lava-Jato chegar até o ex-presidente Lula.
Se o próximo ministro seguirá a mesma política de Cardozo, veremos mais adiante. Por enquanto, só podemos dizer que o ministro do PSDB, o capitulador José Eduardo Cardozo, amigo dos golpistas, já vai tarde.
Fonte: Diário Causa Operária - PCO