Custo da cesta básica cresce na maior parte das capitais e salário mínimo deveria ser R$ 3.991,40
Mais procuradas:
inflação | economia | salário | arrocho | alimentação
Em agosto, houve aumento no custo do conjunto de alimentos básicos em 18 das 27 capitais brasileiras, de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). As maiores altas ocorreram em Florianópolis (3,16%), Maceió (3,11%), Macapá (2,91%) e Curitiba (2,59%). As retrações foram registradas em nove capitais, com destaque para Goiânia (-3,15%) e Aracaju (-2,26%).
Segundo o levantamento, a cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 475,11) e, em seguida, a de Porto Alegre (R$ 474,34) e Florianópolis (R$ 457,11). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 365,46) e Aracaju (R$ 370,70).
Entre janeiro e agosto de 2016, todas as cidades acumularam alta e as elevações mais expressivas foram observadas em Goiânia (22,51%), Maceió (22,28%) e Boa Vista (21,35%). Os menores aumentos ocorreram em Florianópolis (7,79%), Manaus (9,17%) e Curitiba (10,05%).
Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o DIEESE estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.
Em agosto de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.991,40, ou 4,54 vezes o mínimo de R$ 880,00. Em julho, o mínimo necessário correspondeu a R$ 3.992,75, o que é equivalente a 4,54 vezes o piso vigente.
Fonte: DIEESE - São Paulo, 09 de setembro de 2016