Desgoverno Temer leva senadores a recuar e volta de Dilma já é quase certa
Mais procuradas:
temer | golpe | impeachment | política
"Essa iminente mudança de posição já era esperada por parte de alguns senadores. Temer entrou num fogo cruzado. Não tem como dar respostas às milhares de pessoas que estão diariamente nas ruas exigindo sua saída, nem tampouco consegue agradar totalmente os grupos conservadores que o levaram ao poder"
Por Rafaella Mendes e Aléssio Jr, Brasília, especial para o Mídia Popular
A chamada 'grande' imprensa tem noticiado que vários senadores devem 'reavaliar posição' favorável ao impeachment, o que trará como consequência a volta de Dilma Rousseff (PT) à presidência da república. A razão maior da mudança de posição de alguns senadores, diz no geral a mídia, é o retumbante fracasso do governo interino Michel Temer (PMDB) que, envolvido em recorrentes escândalos, fez foi agravar ainda mais a crise política e econômica no país.
Diz a Folha em matéria de hoje (02.06.2016) que "as turbulências do governo interino de Michel Temer enfraqueceram o apoio de senadores ao impeachment da presidenta afastada, Dilma Rousseff".
O Globo publicou em 31.05 que "Em meio à crise política que atinge o governo interino de Michel Temer, os senadores Romário (PSB-RJ) e Acir Gurgacz (PDT-RO), que votaram pela abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, admitem agora a possibilidade de rever seus votos no julgamento final. A virada desses dois votos seria suficiente para evitar a cassação definitiva da petista".
Já o Diário do Brasil afirma em manchete que "Governo Temer pode ser o mais rápido da História". Diz ainda esse portal que nada menos que treze senadores podem mudar o voto em favor de Dilma, dentre os quais Cristovam Buarque.
Para o cientista político Caio Fernando L Franco, especialista em assuntos legislativos, essa iminente mudança de posição já era esperada por parte de alguns senadores. "Temer entrou num fogo cruzado. Não tem como dar respostas às milhares de pessoas que estão diariamente nas ruas exigindo sua saída, nem tampouco consegue agradar totalmente os grupos conservadores que o levaram ao poder", diz o Dr. Fernando.
O cientista destaca também que com o agravamento da crise, políticos tradicionais não vão querer ter suas imagens associadas ao governo interino em queda. "Estamos em ano de eleições e senadores sabem que governo impopular atrapalha planos eleitorais para prefeituras e até câmaras de vereadores", conclui.
As coisas podem se agravar ainda mais para Temer. Dia 10 junho, a CUT e movimentos sociais prometem fazer gradioso Ato Nacional e paralisar a produção no país. É bastante provável que o golpista tenha mesmo seu mandato abreviado bem antes até do que imagina.