Dilma tem chances reais de voltar à presidência, diz cientista político

21/05/2016 19:38

Da Redação / Imagem: Agência Brasil

Para o cientista político Segisnando Álvares M Freitas, de São Paulo, a presidenta Dilma Rousseff (PT) tem chances reais de voltar ao posto para o qual foi eleita em 2014 com mais de 54 milhões de votos. Ele pondera, no entanto, que isto hoje depende muito mais de ações concretas das forças políticas anti golpistas do que propriamente de decisões espontâneas vindas do STF ou Senado. 

Explica o Dr. Segisnando que cresceu no país o sentimento de que Dilma Rousseff foi e está sendo injustiçada por esse processo de impedimento. Ele destaca inclusive que mesmo entre os adeptos do golpismo isto tem se configurado como algo real.

Diz também o cientista que a reação da mídia internacional, onde importantes órgãos, como New York Times, The Guardian e Washington Post denunciaram as fortes irregularidades do processo o que fez com que enfraquecesse o já naturalmente frágil governo Temer. Ele lembra que há também o caso dos vários países que não reconhecem o governo tampão, o que implica em mais baixas para os golpistas.

O Dr. Segisnando diz ainda que um outro fator torna muito claro que Dilma tem chances reais de voltar: as manifestações espontâneas de rua que ocorrem em todo o país. "É sintomático você ver diariamente nas ruas das grandes cidades milhares de jovens e pessoas comuns entoando em coro: "Volta Dilma! Não são atos chamados pelo PT ou sindicatos, é a população quem se manifesta", diz.

Por fim, para o Dr. Segisnando, cabe ao PT e a todos os agrupamentos que lutam contra o golpe de Estado no país buscar canalizar a crescente insatisfação popular contras as medidas recessivas anunciadas por Temer, e reforçar por outro lado o discurso correto de que Dilma não cometeu crime algum para estar afastada da presidência. "Atos cada vez mais massivos de rua em realção a isso certamente levarão a que o STF e Senado se convençam de que precisam afastam o Temer e respeitar o resultado das eleições presidenciais de 2014.

 

 

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