Estudo indica que morte da pessoa amada pode levar a enfarte do companheiro(a) em até 15 dias
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Por Janaína Torres, bióloga
Segundo estudo publicado na revista Open Heart, do British Medical Journal, a morte de um cônjuge ou pessoa amada aumenta de forma acentuada o risco de enfarte no(a) companheiro(a) enlutado(a).
No estudo, a Open Heart analisou casos de 88.000 pessoas que sofriam desta patologia entre 1995 e 2014 e comparou-os com um grupo de controle de 886.000 pessoas saudáveis. Como resultado, ficou comprovado que o risco de fibrilação auricular alcança valores máximos em pessoas que enviuvaram antes dos 60 anos, quando o falecimento é inesperado.
Após 8 a 15 dias da morte do parceiro, o risco de problema vascular fatal é máximo, mas diminui progressivamente. E após cerca de um ano, alcança os níveis normais para a idade.
Segundo Simon Graff, autor do estudo, a morte de um parceiro é considerado um dos acontecimentos mais estressantes na vida de uma pessoa, por isso, há muito tempo que o stress foi ligado à arritmia cardíaca. “Quisemos analisar neste estudo até onde poderia ir a ligação entre as duas coisas”, explicou.