Golpista prevê queda e diz que Temer deve chamar Congresso em julho e agir rápido

02/06/2016 13:17

Por Carol Medina, Florianópolis

O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo (PSD), visivelmente apreensivo, declarou na quarta (01.06) que Michel Temer (PMDB) deve "chamar o Congresso em julho e agir rápido". Essa sintomática afirmação foi feita em palestra no projeto Tá na Mesa, da Federação das Associações Comerciais e de Serviços do Rio Grande do Sul (Federasul), ocorrida em Porto Alegre.

O nervosismo de Colombo e dos demais golpistas não é para menos. Temer, que já entrou sem apoio popular, a cada dia cai ainda mais aos olhos da maioria da população. Analistas da oposição e do próprio governo tampão dizem que cresceram bastante as chances do processo de impeachment da presidenta Dilma ser revertido no Senado.

E por que Temer deveria chamar o Congresso em julho e agir rápido? Ora, Colombo e os golpistas precisam aprovar de qualquer jeito toda a agenda recessiva com a qual se comprometeram aos grandes grupos empresariais. 

Ou seja, elevar a idade mínima para a aposentadoria, mudar para pior a política do salário mínimo, cortar repasses constitucionais para Saúde e Educação, e acabar com a CLT. 

E, além disso, criar novas legislações que mutilem ou inibam programas sociais, como o Bolsa-Família, Minha Casa, Minha Vida, Pronatec, FIES e outros.

Colombo calcula que se até julho isso for feito,  mesmo que Dilma volte terá que governar com o programa que os golpistas querem aprovar. Seria, como eles mesmos dizem, o verdadeiro golpe de mestre em Dilma, Lula e PT. 

O governador de Santa Catarina disse inclusive em sua palestra que "se esse prazo não for cumprido, a votação não sai antes de novembro". Neste caso, será tarde demais, pois Dilma poderá já estar de volta à presidência, o que abortaria a pauta dos golpistas.

Nos próximos dias, a tensão deve aumentar. As principais centrais sindicais do país, o MST, MTST e a UNE prometem paralisar todo o Brasil. Haja caldo de pinto para Colombo, Temer e toda a ala dos golpistas.

 

 

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