Governo enviará reforma até dezembro e todos terão que trabalhar mais, inclusive os professores, diz ministro
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Imagem: Agência Brasil
A professora paraibana Rita de Cássia diz que é um absurdo o governo Temer querer acabar com a aposentadoria especial de sua categoria. "Após 10 anos consecutivos em sala de aula já adquiri várias doenças e vivo tomando remédios. Como alguém pode aguentar trabalhar até os 65?"
Da Redação | Segundo matérias da Folha de S.Paulo (7) e da Agência Brasil, o governo Temer enviará proposta de reforma da previdência até dezembro deste ano e fixará a idade mínima de 65 anos para aposentadoria de homens e mulheres.
Uma das categorias mais prejudicadas será a dos professores, que perderá a aposentadoria especial, caso o projeto seja aprovado no Congresso. Pelas normas atuais, docentes se aposentam cinco anos antes dos demais trabalhadores.
O ministro Eliseu Padilha (Casa Civil) tem expectativa de que tudo se resolva até julho de 2017. "O Congresso, o senador Renan [Calheiros] e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estão conversando, fazendo avaliação de calendário para que a gente tenha certeza de que aprove ela no primeiro semestre", disse à Folha.
Segundo a proposta elaborada pela área técnica do governo, haverá uma regra de transição. Por ela, o trabalhador deverá cumprir um pedágio de 50% a ser calculado sobre o tempo que ele ainda precisaria trabalhar para ter direito à aposentadoria de acordo com as regras atuais.
Com isso, um trabalhador que precisasse trabalhar mais um ano para se aposentar teria que esperar mais seis meses, num total de um ano e meio. Ou seja, a ideia do governo Temer é impor trabalho aos brasileiros até praticamente à beira da morte.
A professora paraibana Rita de Cássia diz que é um absurdo o governo Temer querer acabar com a aposentadoria especial de sua categoria. "Após 10 anos consecutivos em sala de aula já adquiri várias doenças e vivo tomando remédios. Como alguém pode aguentar trabalhar até os 65?", indaga.