Governos se dizem traídos pela presidente Dilma em virtude do piso dos professores
Da Redação / Imagem: Agência Brasil
Continua a choradeira de estados e municípios por conta do reajuste de 11,36% concedido pelo governo federal no piso nacional dos professores. Embora quase nenhum tenha cumprido o que reza a lei 11.738/2008, ainda assim dizem que receberam uma "facada" da presidenta Dilma Rousseff, pois estão sob ameaças de greves em todo o país. O Piauí inclusive já decidiu não iniciar o ano letivo enquanto os 11,36% não forem pagos.
Entre os que mais choramingam estão os governadores de Santa Catarina Raimundo Colombo PSD), Beto Richa (PSDB-PR), Pezão (PMDB-RJ) e os petistas Wellington Dias e Rui Costa, governadores do Piauí e Bahia, respectivamente.
Entenda
Ainda no segundo semestre de 2015, gestores de todo o país solicitaram ao ministro Aluisio Mercadante que vetasse qualquer reajuste do piso para 2016. Alegaram que enquanto a crise internacional não passar, não é possivel cumprir o piso do magistério.
O governo federal se fez de desentendido e, após negociações com a CNTE, Mercadante acenou que a presidenta Dilma autorizaria o reajuste.
Prefeitos e governadores fizeram então nova investida e apelaram ao MEC que adiasse então o reajuste de janeiro para agosto deste ano. Novamente não foram atendidos.
Por fim, quando os 11,36% foram oficialmente anunciados, pediram a Mercadante uma verba suplementar do Fundeb. O ministro negou e lembrou aos prefeitos e governadores que o reajuste do piso é feito de acordo com os recursos desse próprio fundo, repassados rigorosamente a estados e municípios todo mês.
Sem argumentos, os gestores agora alegam que foram traídos. Greve neles, pois traídos mesmos estão os educadores que até agora não receberam o reajute que lhes é devido.