Greves na Grécia indicam esgotamento dos ajustes tipo Dilma faz no Brasil
Por Saulo Burlamaque, São Paulo / Créditos da imagem: exame.abril.com.br
A Grécia vive dias de muitas turbulências, resultado dos ajustes ultra-liberais de Alexis Tsipras, doSyriza, tipo os que a presidenta Dilma faz no Brasil. Greves recorrentes, em virtude disso, marcam o cotidiano do país.
Na quinta (04.02), metrô e bonde de Atenas circularam apenas durante sete horas. E os trens e os ônibus elétricos nem apareceram. Até os taxistas, de forma inédita, decidiram somar-se à luta.
Trabalhadores dos barcos e barcas também pararam por 48 horas, igual ao que fizeram no final de janeiro. O caos é tamanho que até jornais escritos, rádios, portais e Tvs ficam sem funcionar.
Tsipras, embora queira pôr toda a culpra na Troyka, na prática faz também acordos com especuladores financeiros para manter arrocho salarial e atacar a previdência dos gregos. Os ajustes que negocia com os inimigos do povo propõem levar aposentadorias dos trabalhadores para o cemitério e minguar pensões. É algo muito parecido com o fator previdenciário no Brasil ou a elevação da idade para aposentadoria, proposto por Dilma Rousseff.
A reação do povo grego a tudo isso nada mais é uma do que uma prova inequívoca de que o modelo liberal que o Syriza dá continuidade há tempos chegou a um grau insuportável de esgotamento. Ninguém tolera mais.
E a saída é essa mesma: greve geral em defesa de um governo dos trabalhadores, socialista e com redirecionamento da economia para atender aos interesses coletivos, e não à ganância de meia dúzia de grandes empresários e banqueiros.
A Grécia está no caminho certo... O Brasil deve copiar o exemplo.