Temer por um fio: Mais senadores recuam e podem votar contra impeachment
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Continua cada vez mais incerta e frágil a consolidação do golpista Michel Temer (PMDB) no Palácio do Planalto. Fatos diários envolvendo os principais atores do processo golpista bem como os seus oponentes balançam a cabeça dos senadores
Leia matéria da Revista Fórum:
Pouco mais de um mês após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff e o início do governo interino de Michel Temer, cresce a lista dos “arrependidos do golpe” divulgada pela Fórum menos de cinco dias após a votação que autorizou a abertura do processo no Senado.
À princípio, fora o jurista Hélio Bicudo – um dos autores do pedido de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados – e jornalistas, a lista era encabeçada pelos senadores Romário (PSB-RJ), Cristovam Buarque (PPS-DF) e Álvaro Dias (PV-PR) que, depois de votarem favoravelmente ao impeachment na votação de admissibilidade do processo, mostraram descontentamento com o governo Temer.
Agora soma-se a esses nomes ao menos três outros senadores que, depois de pedirem o afastamento da presidenta e votarem por isso, se dizem agora “indecisos” e não sabem como votarão no plenário.
Eduardo Braga (PMDB-AM), citado em delação premiada na Lava-Jato, votou pela abertura do processo contra Dilma e agora afirma que não sabe como votará pois se trata de uma decisão “delicada”. Na mesma linha vai Roberto Rocha (PSB-MA).
Já Acir Gurgacz (PDT-RO), que também era à favor do impeachment, disse na semana passada que está indeciso e que defende, agora, eleições gerais em outubro.
Eduardo Lopes (PRB-RJ), que não votou na abertura do processo mas que se dizia favorável ao afastamento, é outro que agora amargura na indecisão.
Para que o Senado aprove o impeachment da presidenta Dilma serão necessários 54 votos à favor. Garantidos, aqueles que querem o afastamento têm 37 votos, enquanto os contrários já conhecidos são, por enquanto, 18 senadores.
Ler original da Revista Fórum aqui