Entenda por que um minúsculo setor da esquerda embarcou na onda do golpe
29.12.15 00:13 / Imagem: Câmera dos Deputados
Por Lívia Mereireles, São Paulo-SP
A tentativa de golpe da direita e da direita fascista contra a presidenta Dilma só tem apoio mesmo entre os setores conservadores do país. Basta ver quem são suas principais figuras públicas e propagandistas: FHC, Aécio, Eduardo Cunha, Bolsonaro, Caiado... É de provocar vômito.
Todos eles, na prática, são serviçais dos países imperialistas, em particular EUA, que visam impor suas velhas políticas de colonização em todo o planeta.
No entanto, há um minúsculo setor da esquerda que também, de forma equivocada, embarcou na onda dos golpistas. Destacam-se nesse tamanho absurdo Luciana Genro e sua franja no PSOL, e PSTU.
Mas por que decidiram fazer unidade com os golpistas? Desistiram do marxismo?
Não. A adesão ao golpismo não passa de uma atitude oportunista desses seguimentos da esquerda.
Até um garoto percebe que Luciana e PSTU creem, incrivelmente, que a queda de Dilma iria favorecê-los em novas eleições gerais, carro chefe de suas políticas de adesão ao golpe. Imaginam eles (provavelmente ao ler a Veja e assistir o jornal nacional) que Dilma está tão desgastada que qualquer um que defenda sua saída antecipada terá a simpatia da população e muitos votos nesse novo processo eleitoral. Erro crasso.
As mesmas pessoas que, de forma raivosa, xingam a presidenta Dilma e querem a morte do PT são as que também odeiam o PSOL e o PSTU. E por uma simples razão, que estranhamente parece ignorada por esses setores puristas: o ódio contra a esquerda.
Assim, engana-se quem se ilude com a tese de que novas eleições criariam possibilidades de crescimento partidário para o lado de cá. Novas eleições significariam, na verdade, um massacre a toda a esquerda e a volta triunfante do PSDB, agora com seu braço fascista, representado pela figura do Bolsonaro, que defende inclusive de forma aberta a morte de socialistas.
O tempo, certamente, demonstrará a Luciana e PSTU que eles fizeram uma escolha errada. E possivelmente, já nas eleições municipais de 2016.
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